quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Projeto Trabalhando nossa cultura

Esse projeto será desenvolvido na turma do 4º ano do Ensino Fundamental

Tema: Trabalhando Nossa Cultura
Mídias disponíveis para integrar
DVD, Filmadora, máquina fotográfica digital, computador, CD, internet, planfetos e aparelho de som;
Objetivos:
Preservar, respeitar e valorizar o patrimônio histórico e cultural da comunidade;
Promover a interação entre os alunos e as TIC’s;
Trabalhar a interdisciplinaridade partindo da realidade do aluno;
Metodologia:
Fazer um passeio pela comunidade onde a escola está inserida filmando e tirando fotos do trabalho de artesanato feito de sisal e dos trabalhos realizados pelas costureiras; Convidar o grupo de cantiga de roda para uma cantoria e filmar a mesma;
Apresentar através de dramatização o bumba meu boi na sala de aula;
Convidar a pessoa mais velha da comunidade para contar às modificações que foram acontecendo com a nossa cultura com o passar do tempo;
Apresentar para a turma um cantor da cidade para cantar suas músicas e falar sobre a arte musical.
Ouvir com a turma CDs de cantores da terra onde as mesmas representarão as melodias através de desenhos;
Pesquisar na internet sobre o Sisal, artesanato e cantiga de roda para saberem: a origem dos mesmos;
Pesquisar artesanatos de outras regiões fazendo comparações com os da nossa comunidade;
Elaborar um texto falando sobre a pesquisa de campo e o que pesquisaram na internet colocando o mesmo em planfetos que serão distribuídos a comunidade;
Assistir com as crianças vídeo sobre a cultura da nossa região;
Fazer uma poesia sobre a nossa cultura;
Resultados esperados
Esperamos que 100% da comunidade onde a escola está inserida sejam informados sobre o valor da sua cultura
Tempo previsto para conclusão
O projeto terá a duração de quinze dias
Critérios de avaliação
A avaliação será contínua, através da observação direta, atividades escritas e desenhos
Forma de socialização das produções
Será realizado uma culminância na escola onde todas as pessoas da instituição, pais e comunidade local serão convidados para uma Feira de Cultura. Os alunos apresentarão poesias,dramatizações e teremos um concurso de danças com as músicas da nossa região e um desfile com os objetos feitos de sisal, tecidos, esteiras e etc;

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Os 12 erros que os pais cometem

DICA NO. 1 – MANTENHA OS FILHOS LONGE DOS CONFLITOS
DOS ADULTOS
Muitos pais solteiros, separados ou divorciados não imaginam como falar
a respeito do cônjuge na presença dos filhos. Devido aos ressentimentos
e situações ainda não resolvidas acabam por destilar toda a amargura nos
comentários que fazem na frente dos filhos e isso faz com que os filhos
cresçam com uma péssima impressão do pai ou da mãe.
Não importa como você se sinta sobre seu ex. Dê ao seu filho a
possibilidade de formar a própria opinião a respeito do tipo de
relacionamento que ele quer continuar a ter com o pai ou a mãe.
Não permita que seus filhos se envolvam nos conflitos dos adultos, quer
seja presenciando ou sendo usado como `moeda de troca`. Em hipótese
alguma jamais permita que seus filhos sejam punidos sendo privados de
terem contato com o seu ex, só porque vocês não estão mais juntos.
Tomando esses pequenos cuidados, você estará ajudando seu filho a ter
uma visão saudável e positiva a respeito dos relacionamentos e a
desenvolver estratégias para lidar com os conflitos. Com certeza, eles a
respeitarão mais por isso.
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DICA NO. 2 - ENSINE OS FILHOS A SEREM RESPONSÁVEIS PELOS
PRÓPRIOS ATOS
Como pais, nós queremos proteger sempre nossos filhos de todo o mal.
Muitas vezes acabamos por tentar proteger os filhos deles mesmos o que
mostra-se danoso, pois fazendo isso, os pais tornam-se um empecilho no
processo de desenvolvimento do amadurecimento dos filhos e na
construção de conceitos ético e moral.
Quando os filhos são pequenos e dependentes de nós, somos
responsáveis pelo seu bem estar e segurança. A medida que ficam
mais velhos, temos de ensiná-los a serem responsáveis, e nesta fase
ensinaremos aos filhos valores familiares e valores morais que servirão
de base para a vida deles.
Para que os filhos tornem-se adultos independentes e auto-suficientes,
temos que instilar neles a importância de serem responsáveis e
aprenderem a arcar com as conseqüências dos atos que praticam.
Por isso, não se apresse em sair correndo para ajudá-los e jamais resolva
os problemas deles. Eles deverão ser ensinados a desenvolverem as
próprias estratégias para solucionar os conflitos e fortalecerem a própria
estrutura emocional para arcarem com as conseqüências que virão
quando algo der errado.
Crianças cujos pais entram na frente para resolver tudo, acabam por
tornarem-se fracos moral e emocionalmente para gerirem a própria vida
quando adultos. Continuam eternos bebezões , dependentes dos pais
para tudo. Crescem confiando que os outros sempre estarão lá para
resolver os problemas deles.
Você deve conhecer adultos que ainda aos 40 anos moram com os pais e
são solteiros, pois não conseguem estabelecer um relacionamento. Ou
ainda, casos em que apesar de casarem, moram próximo aos Pais e
quase sempre recorrem a eles para todos os problemas que enfrentam.
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DICA NO. 3 – OFERECER AOS FILHOS OPÇÕES DE ESCOLHA
Uma das melhores maneiras de desenvolver as habilidades de
pensamento crítico do seu filho é ajudá-la a tomar decisões. Ajudar o seu
filho a desenvolver estas habilidades vai requerer que os pais estejam
sempre atentos às situações do cotidiano.
Quando os filhos são pequenos as situações do cotidiano vão girar em
ter de tomar decisões sobre qual o brinquedo que a criança quer, o que
deseja vestir, etc, porém a medida que eles crescem as situações do dia a
dia tornar-se-ão mais sofisticadas e exigirão um nível cada vez mais
profundo de decisão, pois implicarão em conseqüências que precisam ser
refletidas.
Assim, para ajudar seu filho na difícil tarefa de tomar decisões, quando
eles ainda forem pequenos, comece oferecendo opções. Aqui é preciso
ter a seguinte cautela: lembre-se sempre que é o adulto que seleciona as
opções. Qualquer uma delas que o seu filho optar estará dentro do que é
aceitável também para você.
Desta forma, você estará permitindo que a criança escolha e decida por si
mesma.
A medida que os filhos vão crescendo, entrando na adolescência, é
preciso continuar sugerindo as opções, porém com um pequeno ajuste:
permita que o jovem também ofereça opções, e juntos procurem adequar
as opções de ambos os lados e então selecione duas que melhor atendem
a questão e permita que a escolha seja feita.
Ajudar os filhos a tomar decisões não significa permitir que eles decidam
tudo. Afinal existem situações que caberão somente aos pais decidirem,
pois envolvem uma visão de futuro,ou ainda da segurança e integridade
física dos filhos.
Uma coisa é permitir que os filhos decidam se querem a sobremesa X ou
Y, outra coisa é deixar que eles decidam se querem jantar ou comer
salgadinhos.
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Quando os filhos estão doentes você não pergunta se eles querem o
remédio ou o tratamento que o médico prescreveu. Simplesmente você
faz o que tem que fazer porque a saúde deles depende disso.
No que refere-se a escola é a mesma coisa. Você deve ter em mente
quais ferramentas e estratégias quer que o seu filho desenvolva para
poder gerir a própria vida no futuro. Assim, é preciso definir qual escola
tem a proposta alicerçada nesta visão. Já o seu filho ficará encantado
pelas instalações, assim, se a escola que você escolher tiver também o
que ele quer, então tudo bem.
Lembre-se sempre, os filhos não tem visão de futuro, pois não
apresentam maturidade para pensar nisso. Cabe aos Pais planejar e
decidir.
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DICA NO. 4 - FOCAR NAS HABILIDADES DOS FILHOS E NÃO
NAS FRAQUEZAS
Na sociedade, em geral somos estimulados a focar nas nossas fraquezas,
naquelas coisas que não fazemos bem ou que temos extrema dificuldade.
Perdemos tanto tempo procurando ser bons em todas as áreas, que
esquecemos de cuidar das áreas que somos realmente bons.
Com os filhos acontece a mesma coisa. Observamos logo onde os filhos
tem dificuldade e logo tratamos de destacar e fazê-los concentrarem-se
mais, a dedicarem esforços em transformar aquela área deficiente.
Assim , muito cedo, eles crescem aprendendo a concentrarem-se no
`defeito` no que é uma fraqueza, ao invés de fazerem desabrochar os
talentos e habilidades que já possuem.
Ajude os seus filhos a identificarem as áreas em que são bons. Sabe
como você os ajuda a descobrir isso? Aqui vai um exercício para você,
depois faça-o com os seus filhos.
- o que você começa a fazer e quando se dá conta o tempo passou que
você nem percebeu?
- o que você faria se não precisasse trabalhar ou estudar o dia todo
- sobre o que você gosta de falar,
- qual é a sua atividade e/ou assunto preferido
- pense em algo que você se vê fazendo no seu momento de lazer, ou
férias, ou quando aposentar
- no último ano qual foi o assunto dos livros que você comprou?
- o que você faz com extrema facilidade que todos elogiam
- que atividade ou assunto você sente `fome` e a todo momento sai em
busca dessa `comida`
Depois de responder as perguntas, faça uma lista e você verá onde estão
os seus talentos e habilidades. Permita-se a exercitá-los, pois caberá a
você guiar os seus filhos no desabrochar dos talentos e habilidades
deles.
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Lembre-se, os talentos e habilidades são aquelas áreas onde realmente
brilhamos, damos o nosso melhor, onde somos excelentes e podemos
fazer a diferença na vida de outras pessoas.
Por isso, comece agora a exercitar os seus e os talentos dos seus filhos.
O mundo agradece !!!
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DICA NO. 5 - MANTENHA SUAS PROMESSAS
Provavelmente seu filho não se lembrará de todas as grandes coisas que
você fez por ele, porém, ele jamais esquecerá as promessas não
cumpridas.
Quando os filhos são pequenos, eles acreditam piamente nos pais e
acabam por criar expectativas fantasiosas.
Assim, quando os pais fazem promessas, mas não as cumprem, começam
a questionar a credibilidade dos pais, pois sentem-se traídos com as
promessas quebradas.
Por não manter a sua palavra e quebrar as promessas feitas, você está
passando uma mensagem para os filhos de que eles também não
precisam cumprir as promessas que eles fizerem.
Esteja atento a esta questão, pois envolve em abalar a confiança que o
seu filho tem em você. Claro que algumas vezes não será possível
cumprir uma promessa feita, por exemplo no caso de uma emergência ou
doença.
O que deve ser feito é comunicar à criança o motivo das circunstâncias
que impossibilitarão o cumprimento da promessa, de modo que esteja
claro para a criança e não haja abalos na confiança depositada em você.
Por isso, jamais comprometa-se com algo que você já saiba de antemão
que não será possível cumprir. Jamais ceda aos pedidos dos seus filhos.
Se você não estará disponível para um determinado passeio não se
comprometa apenas para agradá-los na hora. Seja honesto sobre o que
você pode e o que não pode fazer.
Agindo assim, você não estará apenas fortalecendo o elo de confiança
entre vocês, mas também estará ensinando sobre integridade. Seus filhos
a amarão e a admirarão por isso.
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DICA NO. 6 - ENSINE OS FILHOS QUE ELES NÃO ESTÃO
NESTE MUNDO A PASSEIO
Se você quer saber o que o seu filho acha da vida dele, é só parar de dar
o que ele quer.
Frequentemente ouço os pais afirmarem com tristeza, que os filhos não
valorizam nada, e que acham que estão neste mundo a passeio, apenas
para desfrutarem das conquistas que os pais obtiveram através de
trabalho árduo.
Como os jovens ficam desse jeito? Não é nossa responsabilidade,
enquanto pais, ajudar nossos filhos a ter valores, a serem responsáveis e
independentes?
Saiba que as crianças e os jovens não pensam na própria mortalidade,
assim não tem visão de futuro, projeto de vida ou de deixar um legado
para as gerações futuras. Crescem com uma visão simplista do que é a
vida e do propósito da própria existência.
Por isso os pais precisam ser honestos a respeito da realidade da vida,
bem como ajudar os filhos a construírem as ferramentas que serão
necessárias para que cheguem a vida adulta preparados para enfrentar
várias adversidades.
A vida adulta vai requerer adultos que tenham ética, caráter e que
contribuam com o mundo, ajudando a aliviar as misérias humanas. Para
isso é necessário que os pais invistam na construção de um lar
fortalecido, pelo amor, compreensão e valores familiares.
Mostre aos seus filhos o quanto eles são afortunados por terem a vida
que tem, levando-os a visitar instituições, asilos, creches, favelas.
Incentive-os a participar dos problemas e soluções da comunidade em
que vivem. Apóie-os em realizar trabalho voluntário doando o tempo livre
em prol dos necessitados.
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DICA NO. 7 - ENSINE OS FILHOS A APRENDER COM OS
PRÓPRIOS ERROS
As crianças cometem erros, mas é imperativo que os pais ajudem os
filhos a lidar com o desapontamento e o fracasso. As crianças precisam
destas experiências, pois são uma excelente ferramenta de
aprendizagem.
Como pais, podemos ajudar compartilhando com os filhos, alguns dos
nossos erros e falhas, para que eles saibam e vejam que não somos
perfeitos, mas principalmente, aprendam como lidamos com os nossos
erros no passado.
Os filhos precisam ser tranqüilizados que um erro não transforma alguém
em má pessoa, que apenas o ato foi errado, porém, a pessoa tem
condições de lidar com esse erro, desde que saiba quais estratégias usar
para a solução do problema.
Um modo de ajudar os filhos a criar a solução para os problemas é
ensiná-los a isolar o problema, a causa e os envolvidos. Feito isso, é
preciso levantar as possíveis alternativas, analisando as conseqüências e
implicações de cada uma, e só então tomar a decisão ou fazer a escolha.
O que não se deve fazer: Reações negativas
É comum situações onde ao invés dos pais ajudarem os filhos a lidar com
os erros, adotam uma postura que contribui para criar ressentimentos e
fechar o coração dos filhos.
Reações negativas por parte dos pais, tais como o uso de sarcasmo ou a
ridicularização dos filhos só aumenta a distância entre pais e filhos e
dificulta a comunicação no lar.
Por isso jamais humilhe o seu filho, pois fazendo isso ele tem o seu valor
enquanto indivíduo diminuído, o que abala a sua auto confiança e o faz
sentir-se inseguro para novas situações.
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O que deve ser feito: Encorajamento
Encoraje cada tentativa e cada sucesso, por menor que seja, tais como:
`Filho, você pode ficar orgulhoso de como lidou com isso` ou ainda
`Você conseguiu ! Comemore” , “ Realmente você resolveu esse
problema muito bem."
Evite resolver os problemas do seu filho. Dê espaço para que ele possa
pensar sobre o problema e tenha tempo de avaliar a situação de modo
que ele compreenda melhor o que aconteceu, e porque.
Dê o seu apoio ouvindo-o sem julgamento. Evite dizer " Eu acho que você
deveria..... " , ao invés disso, use a frase " Diga-me o que aconteceu, "
ou " O que você acha que poderia fazer de diferente na próxima vez? `
Agindo desse modo, na próxima situação que o seu filho enfrentar, tenha
certeza, ele já terá algumas ferramentas de como proceder e estará
muito mais seguro.
Como pais, é nossa tarefa encorajar os esforços, assim como os sucessos
e ensinar os nossos filhos a extrair aprendizado dos fracassos.
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DICA NO. 8 - SEJA CONSISTENTE COM AS REGRAS
Você estabelece as regras de rotina e disciplina para os filhos e depois
você volta atrás sempre que é conveniente ?
Você diz ao seu filho “ nada de televisão nesta semana”, mas ao longo da
semana permite que ele assista, quebrando assim a regra e confundindo
o seu filho.
As crianças precisam de consistência em suas vidas a fim de
compreender os valores familiares e os limites dentro do lar.
Oriente todos os membros da família e os envolvidos diretamente na
educação dos seus filhos, a compreender e respeitar as regras da casa,
principalmente no que refere-se a aplicação da disciplina.
Deixe claro para os seus filhos quais são as regras, as conseqüências para
o descumprimento delas e não esqueça de informar quando haverá
exceção a regra.
Não importa quais sejam as regras, repita-as frequentemente aos seus
filhos para que eles as compreendam e as internalizem.
Mudar as regras constantemente, faz com que as crianças sintam-se
inseguras por não saberem quando e qual regra será aplicada à situação.
Lembre-se, as crianças precisam de constância e previsibilidade. Por isso
aplique e reforce sempre as regras.
Se você deseja que seu filho seja honesto, jamais peça para ele mentir
por você, pois a credibilidade de sua fala depende de como você vive as
regras que ele tem que cumprir.
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DICA NO. 9 - ORIENTE SEU FILHO, JAMAIS FAÇA POR ELE
Você dá ao seu filho a oportunidade dele pensar por si mesmo, ou você
fornece todas as respostas ?
Se você o está acostumando a ter todas as respostas prontas, é bem
provável que ele não estará apto a tomar as próprias decisões.
Sua tarefa enquanto pai é tornar seu filho um adulto independente e
responsável. Para que seu filho desenvolva esta habilidade você deve
orientá-lo a analisar e avaliar as informações que ele recebe através da
televisão, dos amigos e de estranhos.
Ajude seu filho a considerar soluções alternativas para todas as situações
que ele enfrentar. Pratique com ele a resolução de problemas. Leia
jornais ou revistas e peça para que ele compartilhe a opinião sobre o
assunto.
Nas tarefas escolares, peça para que o seu filho explique o que precisa
ser feito, pois ao ter que lhe explicar, ele acaba organizando o
pensamento e focando a atenção no que é relevante.
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DICA NO. 10 - PARE, PRESTE ATENÇÃO E OUÇA
Na escola, os professores quando querem a atenção da classe
simplesmente utilizam-se de três comandos: Parem, Prestem atenção e
Ouçam.
Esta é uma estratégia que você pode utilizar em casa para mostrar aos
seus filhos que você está prestando atenção a eles.
O que você faz quando seus filhos querem falar com você? Se você é
como a maioria dos pais que estão sempre ocupados e que jamais
pensaram sobre isso, aqui vai um passo a passo fácil de seguir:
1. PARE - pare o que quer que você esteja fazendo. Esteja focada no seu
filho e na conversa que ele quer ter, pois quando você está fazendo outra
coisa enquanto conversa você não está 100% engajada na conversa e
com certeza perderá algo do que foi dito e não estará concentrada o
bastante para perceber a linguagem verbal que seu filho estiver passando
na conversa.
2. PRESTE ATENÇÃO - olhe diretamente para o seu filho. Deixe ele saber
que você está prestando atenção total ao que ele está dizendo.
3. OUÇA – ouça com os ouvidos, mente e coração. Ouça atentamente,
sem interromper ou julgar.
Para que ele também aprenda a como lhe dar atenção, jamais fale com
ele aos gritos e de longe. Faça-o vir até você e olhando diretamente para
ele diga o que precisar. Da mesma forma, jamais aceite que o seu filho
dirija a palavra a você estando de longe e aos gritos.
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DICA NO. 11 - FAÇA O QUE EU DIGO E FAÇA O QUE EU FAÇO
As crianças aprendem muito mais copiando o que fazemos do que
copiando o que falamos.
As crianças prestam muita atenção em como os pais se comportam e
agem. Se você deseja modelar o comportamento do seu filho então
caberá a você comportar-se de forma apropriada em todas as situações.
Para que os pais possam ajudar os filhos a aprender a comportarem-se
adequadamente, precisará em primeiro lugar, o próprio pai passar esse
modelo de comportamento em todas as ações no dia a dia.
Assim, se os seus filhos vêem você gritar, blasfemar ou ainda denegrir a
imagem de alguém quando você está nervoso então seu filho vai supor
que é aceitável comportar-se da mesma maneira.
Então, trate os outros com respeito, demonstre confiança, e desenvolva
melhores formas de se comunicar de modo que seu filho veja um modelo
aceitável de comportamento.
Mostre disciplina e auto controle e seu filho copiará o mesmo
comportamento.
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DICA NO. 12 - QUAIS OS VALORES DA SUA FAMÍLIA ?
Se você enquanto pai, optar em conseguir as coisas através do caminho
mais fácil, seus filhos farão o mesmo. Se você mente, seus filhos serão
inspirados a praticar a mentira também. Se você gasta todo seu dinheiro
e jamais pensa no futuro e em como ajudar os outros, seu filho com
certeza crescerá com valores distorcidos em relação ao dinheiro e às
necessidades das outras pessoas.
Se você costuma fazer piadas a respeito de outras culturas, raças ou
classes sociais, saiba que estará passando o veneno de tudo o que é
errado para que a próxima geração também continue com valores
errados.
Você quer uma sociedade diferente da que existe hoje? Então pense em
que tipo de indivíduo seu filho será quando tiver que entrar na sociedade
e contribuir com ela.
Quais são os seus valores? Seus filhos sabem quais são os valores que a
sua família preza? Não seja inocente ao achar que os seus filhos já sabem
quais são os valores da sua família só porque uma vez ou outra você já
falou para eles.
A melhor maneira de passar os valores familiares é vivê-los no dia a dia.
Se você valoriza a Verdade então aja de modo a demonstrar isso. Se você
valoriza a Educação, demonstre aos seus filhos a importância da boa
instrução.
Seja consistente em seu comportamento e suas escolhas. Seja um
exemplo para seus filhos, principalmente quando são mais novos, de
modo que incorporem estes valores em suas vidas.
Os 12 Erros que os Pais Cometem ™ © Copyright 2009 www.comoeducarosfilhos.com.br
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- CONCLUSÃO:
Espero que você tenha gostado do E-book “ Os 12 Erros que os Pais
Cometem – e como evitá-los”.
Gostaria de saber como essas 12 orientações mudou, para melhor, a sua
vida ou a vida dos seus filhos. Por favor, fique a vontade para entrar em
contato comigo pelo site www.comoeducarosfilhos.com.br.
Obrigada por contribuir com a nossa missão que é:
Ensinar às famílias as melhores estratégias, e
fornecer as ferramentas adequadas para que os Pais,
possam educar os filhos com disciplina, dentro dos
valores familiares.
Que a sua Família seja fortalecida e abençoada sempre.
Roseli Brito
Coach de Pais

Bullyeng

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tony Melendez (Exemplo de vida)

Projeto Fauna

PLANILHA DE PLANEJAMENTO – PROJETO


Título do projeto: Vivenciando a Fauna
Área(s) do Conhecimento:  Arte, português, História, Matemática e Ciências Naturais e Sociais
Tempo previsto: três meses

Série: 1º ano ao 5º ano

Justificativa:
De acordo com o IBAMA, a exploração desordenada tem levado a fauna brasileira a um processo de extinção de espécies intenso, seja pelo avanço da fronteira agrícola, seja pela caça esportiva, de subsistência ou com fins econômicos, como a venda de peles e animais vivos. Este processo vem crescendo nas últimas duas décadas, à medida que a população cresce e os índices de pobreza aumentam. O Brasil possui 208 espécies na Lista Oficial de animais ameaçados de extinção e dez novas espécies serão adicionadas em breve.
No nosso município já existem vários espécies de animais que foram extintos da nossa comunidade, muitos deles mortos pelos caçadores sem nenhuma autorização de matá-los e outros foram extintos devido o desmatamento da nossa caatinga, mas ainda há algumas espécies de animais e temos a obrigação de preservá-los.
Sabendo que “é papel da escola e do professor estimular as crianças a perguntarem e buscarem respostas sobre a vida humana, os ambientes e os recursos técnicos e tecnológicos que fazem parte do seu cotidiano, ou que estão distantes no tempo e no espaço” (PCNS), foi O que nos motivou a desenvolver esse trabalho, pois temos consciência da necessidade cada vez mais gritante de se preservar a nossa fauna e valorizar a diversidade de vidas.


Objetivo Geral:
Mostrar para os alunos e as pessoas da comunidade a importância da preservação da nossa fauna, possibilitando a formação de futuros cidadãos mais comprometidos com as causas ambientais.
Objetivos Específicos:
Mobilizar alunos e comunidade para discutirem e se organizarem em busca de melhor qualidade de vida, preservando o meio ambiente;
Conceituar flora;
Identificar o tipo de animais predominantes na nossa região;
Citar os motivos que causaram a extinção de alguns animais da comunidade;
Listar os nomes dos animais da comunidade  que estão ameaçados de extinção.
Informar a comunidade sobre a importância de conservar a fauna;

Conteúdos:
Conceito de fauna;
Como nascem os animais;
Animais e suas característica;
Prejuízos causados pela extinção de alguns animais;
Onde vivem os animais;
Animais que criamos;
Animais da caatinga;
Animais que mais resistem à seca;
Animais das regiões brasileiras

Materiais necessários:
Lápis de cor;
Canetinhas;
Tesoura sem ponta;
Cola;
Papel ofício;
Papel metro;
Gravuras;
Fotos;






Bibliografia:

CRUZ, DanielCiência e Educação Ambiental. São Paulo: Ed Ática, 1998.
 FREIRE, Genibaldo. Atividades Práticas de Educação Ambiental, 1996.








Oba! Vamos elaborar as atividades para serem desenvolvidas durante o projeto?
Conto com vocês!
Além destas sugestões o que vocês sugerem?
Vamos participar!

ETAPAS PREVISTAS DE ATIVIDADES:


Solicitar às crianças que expressem suas idéias sobre a fauna da comunidade.
Perguntar as crianças o que é fauna e em seguida fazer o jogo do advinha. Cada criança imita os animais que ela conhece e os colegas advinham qual é o animal. A professora registra no quadro os nomes desses animais e quando terminar o jogo conversar com os alunos sobre as características de cada animal e sua importância na natureza; Pedir as crianças para registrar no caderno a lista do quadro e representá-la através de desenhos.


2.Saída da escola para fazer uma coleta de dados para saber os nomes dos animais que não existem mais na comunidade;
Realizar uma entrevista com as pessoas mais idosas da comunidade para saber quais os animais que estão em extinção e o porquê dessa tragédia e em seguida fazer um cartaz com os nomes desses animais tendo como título; ANIMAIS EXTINTOS DA MINHA COMUNIDADE.


3. Incentivar a produção de uma poesia tendo como Título Não Mate Nossos Animais;
Conversar com a turma sobre os problemas causados ao meio ambiente por causa da matança de alguns animais da nossa comunidade e em seguida criar uma poesia sobre o assunto na coletividade;


4. Fazer cartilhas com histórias em quadrinhos, feitas pelos alunos mostrando como devemos cuidar dos animais para eles não serem extintos;
Fazer uma coleta de dados para saber quais os animais da comunidade que estão quase em extinção e depois da coleta mediar às crianças na elaboração da cartilha sobre como cuidar desses animais para eles não serem extintos;


5. Montagem de painéis com fotos e desenhos dos animais da comunidade que vive na mata, nas casas, nas águas e no ar.
Convidar uma pessoa idosa da comunidade para falar para turma os nomes dos animais da comunidade que vive na água, no ar, na mata e nas casas. Em seguida escreve os nomes no quadro e as crianças registram no caderno. Depois a turma será dividida em grupo e um grupo montará um painel com gravuras, fotos ou desenhos dos animais da comunidade que vive na mata, outro grupo com animais que vivem no ar, outra equipe animais que vivem com o homem e outro grupo animais que vivem na água;

6. Pesquisar na internet quais são os animais que vivem na caatinga e em seguida confeccionar um painel com gravuras destes animais;

Realizar pesquisa em grupos sobre os costumes e alimentação dos animais que mais resistem a seca;
Socializar as informações que descobriram nas pesquisas
Pedir para as crianças escolherem um animal da caatinga e desenhe;

Discutir sobre o que levou a sociedade matar os animais que estão em extinção;
Fazer a devolução das informações para os pais e pessoas da comunidade;
Os trabalhos que foram feitos durante o projeto serão apresentados aos pais e as pessoas da comunidade











O QUE A PROFESSORA QUER QUE AS CRIANÇAS APRENDAM AO FINAL DO PROJETO:

Recontar para as famílias o que aprenderam sobre Fauna;
Preservar a fauna do município onde mora;
Ter clareza em explicar suas idéias;
Demonstrar domínio dos conteúdos discutidos durante o projeto;

domingo, 19 de dezembro de 2010

O coordenador pedagógico e a gestão democrática do espaço educativo.

O coordenador pedagógico e a gestão democrática do espaço educativo.
RESUMO

O presente trabalho propõe-se a discutir a gestão democrática no ensino público e o papel do Coordenador Pedagógico no processo ensino/aprendizagem. Destacando os fatores que permeiam a democracia escolar e os desafios para envolver, articular e promover a ação de entrecruzamento Estado e Sociedade nos processos democráticos de participação. Apresentam-se ainda as mudanças na identidade e profissão dos diretores, decorrentes principalmente da adoção do princípio constitucional da gestão democrática e os desafios enfrentados pelo Coordenador Pedagógico.


Palavras-Chave: Políticas educacionais. Gestão democrática. Participação. Coordenação Pedagógica.

Pedagoga – UNOPAR (Universidade Norte do Paraná)
Coordenadora pedagógica do Programa DECOLAR ( Alfa e Beto)
E –mail: oliveira.edney@bol.com.br

                                                                                                                 

Introdução

Este artigo apresenta as implicações que surgem na implementação da gestão democrática da escola pública, introduzindo os fatores necessários para a colaboração da descentralização do poder, analisando o processo que perpetua as políticas educacionais e a participação efetiva dos envolvidos no processo educativo. Resulta de investigação a respeito da Gestão Democrática e da coordenação pedagógica desenvolvida por meio de estudos científicos. Em cada fonte pesquisada buscou-se analisar cada caso que influencia ou não a democracia.
 Este trabalho tem como objetivo levantar informações sobre a importância de uma gestão democrática para servir de procedimentos nos sistemas de ensino das escolas públicas, alertando a necessidade da descentralização do poder, pois é inegável que o centralismo administrativo permitiu a expansão da oferta educacional, mas, exacerbado, tornou a escola distante da comunidade em função do planejamento e da gestão serem realizados em níveis centrais.
Processos descentralizadores não chegam a transferir poder para as escolas ou promover a articulação das bases locais. Os dados empíricos não demonstram a existência de alterações substantivas nas estruturas administrativas reforçadoras da capacidade de ação das escolas. Enquanto as áreas centrais das administrações não abrirem mão do dirigismo, reduzindo a influência excessiva que exercem sobre a escola, os discursos favoráveis à descentralização, à autonomia e à valorização das unidades de ponta dos sistemas, como referência das políticas públicas, continuarão a ser peças de retórica. Apesar de todos os fatores e mecanismos de gestão democrática do ensino público convergir para a autonomia da escola, esta ainda tem desempenhado um papel periférico nos sistemas. A dependência e o paternalismo ainda são fenômenos que grassam na relação entre a escola e os órgãos superiores da administração.

 As Políticas Educacionais, a Gestão Democrática e o papel do coordenador pedagógico são temas bastante debatidos, mas não o suficiente, porque até hoje não se encontra em todas as instituições Conselhos Escolares funcionando regularmente, eleições para diretores, capital suficiente para desenvolver os projetos pedagógicos o PDDE ao mesmo tempo em que descentraliza recursos para as UEX o programa exige um único formato para a sua constituição sem sequer ouvi os sistemas de ensino analisados e um coordenador pedagógico que centralize suas atividades mais no pedagógico da instituição.

Didaticamente, o texto está organizado em três itens. O primeiro busca apresentar e contextualizar as políticas educacionais, o segundo indica os resultados da pesquisa no que se refere a uma gestão democrática, o terceiro comenta sobre os entraves que atrapalha a descentralização e participação efetiva do coordenador pedagógico.

Desenvolvimento

1.  As políticas Educacionais

O discurso da democracia tem permitido debates e estudos na área da educação no Brasil, embora com significados diferenciados em cada momento histórico. Na década de 90, a estratégia neoliberal foi desenvolver a economia e fazer a reforma educacional, aumentando o poder da iniciativa privada, por meio do consenso ideológico.

No entanto, apesar de implantada o modelo neoliberal, a institucionalização da gestão democrática pode representar avanços na forma de condução do dia-a-dia escolar, tendo em vista que as políticas educacionais ganham materialidade no lócus de sua implementação.

Vale relembrar, que desde 1980, as forças progressistas reivindicam que a gestão das unidades Escolares se dê de forma democrática, combatendo o centralismo que tem caracterizado a política educacional brasileira. E dessa forma, a escola é parte integrante do todo social e orienta o aluno para a participação ativa na sociedade. O método parte de uma relação direta da experiência do discente confrontada com o saber sistematizado.

2. Gestão democrática
As políticas educacionais estão voltadas à inclusão e ao desenvolvimento social. As mesmas não podem ser realizadas sem a descentralização do poder em torno de uma gestão democrática. Dessa forma, este trabalho pretende analisar os reflexos                                                                         
desta Gestão com o intuito de ressaltar a importância da concepção de democracia visando o compromisso constitucional estabelecido do estado e da sociedade.

O termo gestão significa administrar, governar, dirigir. De alguns anos para cá tem crescido no Brasil um movimento pela busca da qualidade. No âmbito da educação, esta busca está relacionada, entre outros à gestão democrática do ensino público. Esta gestão pode ser definida como uma forma que privilegia a participação e democracia com todos os sujeitos envolvidos. No caso da educação, seriam pais, professores, coordenadores pedagógicos, funcionários, diretores e diversos segmentos da comunidade.

A gestão democrática está assinalada na Constituição Federal de 1988 que fala da democracia participativa, criando instrumentos para que o exercício popular.  A mesma busca a autonomia da escola em três grandes áreas: a financeira, a administrativa e a pedagógica.

As referências à autonomia escolar nas legislações e normas dos sistemas de ensino são feitas de maneira vaga. De modo geral, enunciam a autonomia como um valor, mas não estabelecem mecanismos concretos para sua conquista efetiva. Medidas de reestruturação burocrática que permitam o funcionamento dos órgãos hierarquicamente superiores a partir das necessidades e projetos gerados pela escola não são apontadas pelos dirigentes dos sistemas. O próprio Regimento Escolar, expressão jurídica por excelência da unidade escolar, é um exemplo de sua falta de autonomia, já que, na maioria dos casos, tem forma única estabelecida pelas administrações centrais e aprovadas pelos órgãos normativos dos sistemas, em flagrante desrespeito às características pedagógicas.

Apesar desta realidade, vale ressaltar que, a constituição Federal estabeleceu a gestão democrática do ensino público como um entre os sete princípios necessários para se ministrar o ensino em nosso país e, por extensão, para gerir as escolas públicas. Igualdade, liberdade, pluralismo, gratuidade, valorização dos profissionais de ensino e garantia de padrão de qualidade.       
                                                                                
A gestão democrática é aqui compreendida, como um processo político no qual as pessoas que atuam na/sobre a escola, entre elas o coordenador pedagógico, identificam problemas, discutem, deliberam e planejam, encaminham, acompanham, controlam e avaliam o conjunto das ações voltadas ao desenvolvimento da própria escola na busca de solução dos problemas.

Para Lima, a gestão democrática é um fenômeno político, de governo, que está articulado diretamente com ações que se sustentam em métodos democráticos. Mas ele ainda afirma que é necessário mais do que isso, ou seja, são imprescindíveis ações voltadas à educação política, na medida em que as mesmas criam e recriam alternativas mais democráticas no cotidiano escolar no que se refere, em especial, às relações de poder ali presentes.

Foucault (1979, p. 75) destaca que “seria necessário saber até onde se exerce o poder, através de que revezamentos e até que instâncias, frequentemente ínfimas, de controle, de vigilância, de proibição, de coerções. Onde há poder, ele se exerce. Ninguém é propriamente falando, seu titular, e, no entanto, ele sempre se exerce em uma determinada direção, com uns de um lado e outros de outro; não se sabe ao certo quem o detém; mas se sabe quem não o possui”. 

3. Os entraves que atrapalha a descentralização e participação efetiva do coordenador pedagógico.
Gestão democrática implica compartilhar o poder, descentralizando-o. Isto pode ser feito incentivando a participação e respeitando as pessoas e suas opiniões, onde os coordenadores pedagógicos juntamente com os gestores devem criar um clima de confiança entre os vários segmentos das comunidades escolar e local, ajudando a desenvolver competências básicas necessárias à participação (como, por exemplo, saber ouvir, saber comunicar suas idéias).

A participação proporciona mudanças significativas na vida das pessoas, na medida em que elas passam a se interessar e se sentir responsáveis por tudo que representa interesse comum. Assumir responsabilidades, escolher e inventar novas formas de relações coletivas faz parte do processo de participação e trazem possibilidades de mudanças que atendam a interesses coletivos.

A escola pública ainda é vista pelos usuários como propriedade do governo ou do pessoal que nela trabalha. Alguns professores comportam-se como dono do seu cargo, dos alunos e de suas classes. O diretor, muitas vezes não escolhido pelo povo, mas exerce um cargo por indicações políticas de pessoas não identificadas com a unidade escolar funciona como guardião dessa concepção, evitando interferências de servidores e de pais.

Qualquer que seja o processo de escolha, o diretor permanece sendo uma figura central no esquema de poder que envolve o funcionamento da instituição escolar. Uma das formas de limitação deste poder monocrático é a implantação de colegiados, outro mecanismo largamente utilizado pelos sistemas de ensino como expressão da gestão democrática que pode realizar um trabalho de descentralização juntamente com o coordenador pedagógico e todos envolvidos com a educação.

Os órgãos colegiados são espaços que proporcionam a democracia à medida que a participação, o compromisso e o protagonismo de seus componentes, pais, alunos, professores, coordenação e direção, ocasionem transformações significativas nesse ambiente. Cabe ao coordenador atuar coletivamente e visualizar esses espaços como oportunidades para o desempenho das suas funções. Mas, para tanto, torna-se necessária a presença de um coordenador pedagógico consciente de seu papel, da importância de sua formação continuada e da equipe docente, além de manter a parceria entre pais, alunos, professores e direção.

Apesar das inúmeras responsabilidades desse profissional já descrita e analisadas aqui, o coordenador pedagógico enfrenta outros conflitos no espaço escolar, tais como tarefas de ordem burocrática, disciplinar, organizacional.

Assumir esse cargo é sinônimo de enfrentamentos e atendimentos diários a pais, funcionários, professores, além da responsabilidade de incentivo a promoção do projeto pedagógico, necessidade de manter a própria formação, independente da instituição e de cursos específicos, correndo o perigo de cair no desânimo e comodismo  e fatores de ordem pessoal que podem interferir em sua prática. E para isto não acontecer, é imprescindível compreender e interagir com os princípios que a escola elege para nortear a prática educativa, ou seja, sua cultura, no sentido de organizar toda a sua prática levando estas questões em consideração e  procurando trabalhar no âmbito da legislação a fim de organizar sua prática pedagógica.


Conclusão
A pesquisa permitiu concluir que a gestão democrática é uma diretriz de política pública de educação disseminada e coordenada pelos sistemas de ensino. As análises produzidas na pesquisa evidenciam, no entanto, que as dificuldades e as resistências na implantação de processos de gestão democrática ainda são muito intensas.

A reflexão sobre o trabalho do Coordenador Pedagógico  deve ser constante, pois ele precisa erguer pontes para superar obstáculos e não muros. Por isso, seus objetivos educacionais sempre devem estar pautados na melhoria do processo educativo, através de um trabalho cooperativo, onde as tarefas são dividas a fim de somar esforços que diminuem o dispêndio de energias e multiplica o resultado final.

Em fim, é notória a necessidade de uma gestão democrática tomando por base uma perspectiva cidadã da democracia, onde os conselhos escolares, as eleições de dirigentes e o trabalho do coordenador pedagógico tenham um papel político, pedagógico e de liderança no espaço escolar. Diante disto, o coordenador precisa ser inovador, ousado, criativo, proativo e, sobretudo, um profissional de educação comprometido com o seu grupo de trabalho.

                                                                




REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1988. Brasília: Cegraf, 1988.

BOBBIO. N. Liberalismo e democracia. São Paulo: Brasiliense, 1988.
MEDEIROS, Luciene. Supervisão Educacional: possibilidades e limites. São Paulo:
Cortez, 1985.


CUNHA, Luiz Antônio. Escola Pública, Escola Particular e a democratização do
ensino. 3. ed, São Paulo: Cortez, 1989.


FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. 8ª. Ed. Rio de Janeiro: Edições Loyola, 2006.


GADOTTI, Moacir. Gestão Democrática e Qualidade de Ensino. 1º Fórum
Nacional Desafio da Qualidade Total no Ensino Público. Belo Horizonte, julho 1994.